Niterói - UFF
Conheça um pouco sobre a sede no ENEB RJ
Niterói - UFF
Conheça um pouco sobre a sede no ENEB RJ
A Baía de Guanabara representa um marco geográfico e histórico de grande relevância para o estado do Rio de Janeiro como um todo, banhando alguns municípios como o Rio de Janeiro, Niterói, Ilha do Governador, Ilha de Paquetá, São Gonçalo e Magé. No entanto, esse patrimônio natural tem sido comprometido pela ação humana. Além de seu valor ecológico, ela possui um valor histórico e cultural para o estado do Rio e para o Brasil. Sendo área das primeiras ocupações indígenas, principalmente dos povos tupinambás e tamoios, as águas da Baía foram testemunhas da fundação das primeiras vilas e do surgimento da identidade carioca. Um exemplo claro dessa evolução é a cidade de Niterói, Sede do XLII ENEB, fundada por Araribóia, líder indígena que teve papel fundamental na defesa do Rio de Janeiro e recebeu as terras de Niterói como recompensa, dando início à formação da aldeia de São Lourenço dos Índios, o primeiro núcleo do que viria a se tornar a cidade. Niterói foi por mais tempo a capital do estado do Rio de Janeiro do que o próprio município do Rio de Janeiro, visto que o município foi a capital do Brasil até a construção de Brasília nos anos 60. Após a transferência da capital, o hoje município do Rio virou um estado (antigo Estado de Guanabara) e só em 1975 que se fundiu com o atual território do estado do Rio, tirando o posto de Niterói como capital do estado.
Niterói abriga hoje a Universidade Federal Fluminense (UFF), localizada no bairro do Gragoatá. Fundada nos anos 60, sua criação marcou a incorporação de diversas instituições públicas e privadas de ensino superior existentes na cidade. Durante o período da ditadura militar a UFF teve papel de destaque na resistência estudantil, com a União Fluminense dos Estudantes (UFE) exercendo forte atuação política em defesa da democracia através de protestos e manifestações por causas como: ampliação de vagas nas universidades públicas, melhores condições de ensino, fim das privatizações, defesa das liberdades democráticas e justiça social. A ditadura atingiu duramente os movimentos estudantis, época que a UFE teve sua antiga sede expropriada devido perseguições. Durante o processo de desmonte a sede foi absorvida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFF, que manteve a chama do movimento estudantil carioca acesa. O DCE, posteriormente nomeado Fernando Santa Cruz, permaneceu como um símbolo de resistência e mobilização durante a ditadura militar,
O DCE recebe esse nome em homenagem a Fernando Santa Cruz, um estudante de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) e militante do movimento estudantil, conhecido por sua atuação contra a ditadura militar, tendo sua memória preservada como símbolo da resistência estudantil se destacando por sua luta em defesa da democracia e dos direitos humanos durante os anos de repressão política fazendo parte da organização de resistência à ditadura. Fernando foi preso por agentes do regime no Rio de Janeiro em 1974, e permanece desaparecido até hoje.
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