ENEBs Anteriores
Abaixo estão descritos alguns dos encontros passados, destacando seus anos e temas:
Abaixo estão descritos alguns dos encontros passados, destacando seus anos e temas:
XLI ENEB (2024)
Brasília, Distrito Federal (UnB)
"O Cerrado já foi mar: Brasília como polo de luta política e ambiental"
Depois de 22 anos, o Encontro Nacional de Estudantes de Biologia retornou a Brasília. Organizado por estudantes da UnB, o encontro marcou mais um passo da remobilização do Centro-Oeste e articulação com a ENEBio.
O evento aconteceu que no Centro Comunitário Athos Bulcão, entre os dias 17 e 24 de novembro foi marcado pela resistência dos estudantes frente a imposições da universidade e ocupação do espaço acadêmico.
Sobre o tema: os momentos de discussão e vivências receberam o destaque da presença de pesquisadores renomados falando sobre o bioma Cerrado, jovens ativistas destacando a importância da ação da juventude, povos tradicionais e personalidades políticas do DF.
Em fechamento, um ato foi realizado dentro da Universidade de Brasília. Estudantes caminharam pelos principais prédios da UnB gritando palavras de ordem e mostrando à comunidade local (docentes, discentes, funcionários e visitantes) os impactos das ações antrópicas para o Cerrado.
XL ENEB (2023)
Imbituba, Santa Catarina (UFSC)
"Entre Memórias e Saberes: A Resistencia Viva da Comunidade Tradicional da Pescadores e Agricultores dos Areais da Ribanceira"
Ainda em 2022, com indicativo de ENEB da UEFS não podendo ser realizado, o CABio da UFSC durante o CONEBio em Brasília, não só levantou indicativo como confirmou que vinham construindo a ideia do XL ENEB em Imbituba.
Após 22 anos, o ENEB voltou ao território catarinense para compartilhar conhecimentos e produzir ciência em um Território Tradicional: Os Areais da Ribanceira. O evento proporcionou aos ENEBianos o contato e a troca com a comunidade local, que vive uma constante luta pela defesa do espaço e da cultura de agricultores, pescadores e artesãos.
XXXIX ENEB (2020+2)
Bragança, Pará (UFPA e IFPA)
"Diversidade, Memória e Resistência: Raízes e Chama que vêm do Norte"
Depois de 2 anos de pandemia e espera por um novo Encontro, Bragança, no Pará, foi palco do XXXIX ENEB.
Mediante aos 40 anos da Entidade Nacional de Estudantes de Biologia, o ENEB 2020+2, foi com o tema “Diversidade, Memória e Resistência: Raízes e Chama que vêm do Norte”, tendo como destaque a Diversidade, onde o foco foi, enquanto movimento, evocar nossas memórias e refletir sobre nossas formas de resistência, a fim de nos guiar frente às adversidades.
O encontro ocorreu do dia 24 de julho a 31
Sobre o tema: Entendam Raízes como elo de ligação, vínculo de pertencimento entre ENEBIanos e ENEBio. A Chama, remete a paixão, ao entusiasmo para seguirmos construindo a entidade. O Norte nada mais é do que o caminho a se seguir, onde iniciaremos uma nova fase de Memórias e Resistências, ainda mais fortalecidas.
XXXVIII ENEB (2019)
Ibirité, Minas Gerais (UXMG → UFMG e UEMG)
"Meio Ambiente e Conservação - Arreda o pé da nossa terra!"
O XXXVIII ENEB foi realizado em Ibirité, Minas Gerais, entre os dias 21 a 28 de julho, na UEMG, e trouxe como tema central a Conservação e o Meio Ambiente, com questões que vão desde a Educação Ambiental até a Mineração, atividade econômica que tem grande importância no estado (que inclusive a carrega no nome) e que foi responsável por dois dos maiores crimes vistos nos últimos anos. Neste ano, todas as regiões do Brasil compareceram ao evento, com reaproximação da região Sul, aumento de escolas da região Norte e o resgate de articulação na região Centro-Oeste.
XXXVII ENEB (2018)
Fortaleza, Ceará (UFC)
“Biologia do retrocesso? Os biólogos que NÃO queremos ser”
O XXXVII ENEB foi realizado na Universidade Federal do Ceará (UFC), marcando um momento crucial para a rearticulação da entidade. Este evento trouxe novidades significativas, como a criação da Articulação de Comunicação (AC) e a reformulação do estatuto. Em um contexto de retirada de direitos, cerceamento das liberdades individuais e coletivas, a pauta foi além das reformas trabalhista e da previdência, e do avanço do conservadorismo, destacando a urgência da mobilização contra iniciativas que reforcem as desigualdades sociais.
Sob o tema "Que profissionais queremos ser?", este ENEB refletiu a necessidade de definir os papéis social e ambiental dos futuros biólogos, visando integrar a realidade atual do país com as expectativas para o futuro, e demarcando as ações necessárias para a formação acadêmica, profissional, social e humana dos estudantes de Biologia no Brasil.
XXXVI ENEB (2016)
Areia, Paraíba (UFPB)
“Água no pote é vida, com tratamento, qualidade garantida”
O XXXVI ENEB, realizado em Areia, Paraíba, em 2016, foi particularmente significativo devido às circunstâncias locais: embora Areia, uma cidade do interior da Paraíba, recebesse chuvas diárias, sofria com a falta de fornecimento de água. A contradição se tornava evidente ao observar que, apesar dos reservatórios sempre cheios, mais de cem caminhões-pipa saíam diariamente da cidade para abastecer outros municípios. O prefeito, também empresário, lucrava com a venda da água, enquanto deixava a população local, de aproximadamente 20 mil habitantes, sem água por mais de quinze dias consecutivos.
Uma das atividades marcantes do ENEB foi um ato público na cidade, onde os participantes encenaram uma peça em praça pública e dialogaram com os moradores sobre a situação. Esse engajamento resultou em uma mudança significativa que só veio à tona durante o CONEBio (Conselho Nacional de Entidades de Biologia) no Pará: nas eleições de outubro de 2016, o prefeito não foi reeleito. Segundo relatos de estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), essa mudança política trouxe uma solução para o problema, e agora Areia conta com um fornecimento de água regular para seus moradores.
XXXV ENEB (2015)
Vitória, Espírito Santo (UFES)
“Meu viver não pode me culpar: o corpo é meu, não se maltrata, não se viola, não se mata!”
O XXXV ENEB ocorreu em 2015 na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), situada em Vitória, a capital do estado do Espírito Santo. Reconhecida pela ONU como a 4ª melhor cidade do Brasil para se viver, Vitória se destaca por sua qualidade de vida, infraestrutura e oportunidades. No entanto, a cidade e o estado também enfrentavam desafios significativos, como estar entre os primeiros nas estatísticas de violência contra a mulher e feminicídio no Brasil.
Diante dessa realidade contrastante, o XXXV ENEB lançou um convite à reflexão sobre o papel dos estudantes de biologia na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Foram discutidas questões cruciais sobre a existência de preconceitos e discriminações dentro e fora do ambiente universitário. O encontro visou sensibilizar e conscientizar os participantes sobre a importância de promover respeito e igualdade para todos, independentemente de gênero ou qualquer outra característica. A programação incluiu debates, palestras e atividades que buscavam capacitar os estudantes a retornar às suas universidades e comunidades com uma visão renovada e um compromisso firme de lutar contra a violência e a discriminação, promovendo a mudança social que tanto almejam.
2014 (sem ENEB)
Em dezembro de 2014, a ENEBio se posicionou repudiando o machismo no congresso brasileiro, destacando seus princípios presentes no estatuto da ENEBio. Conforme o 7° item da Carta de Princípios da Entidade: “Defendemos uma formação de todes os Biólogues fundamentada nos princípios éticos à vida”. Fator importante para o tema do ENEB do ano seguinte.
XXXIV ENEB (2013)
São Carlos, São Paulo (UFSCAR)
“Univer(cidade), para que te quero? Os muros invisíveis que limitam o universo da biologia”
O XXXIV ENEB foi realizado entre os dias 3 a 10 de agosto, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), discutindo novas metodologias para melhorar a organização e a execução dos encontros, enfatizando a importância dos Grupos de Trabalho (GT) para acumulação teórica e a criação de cartas-síntese para registrar e socializar os conhecimentos adquiridos. A Comissão Organizadora (CO) enfrentou desafios estruturais e de comunicação, mas destacou a relevância das novas propostas para fortalecer a identidade da ENEBio e sua contribuição para a sociedade.
Também foram discutidas as atividades de articulação nacional (AN) e regional (AR), com destaque para a gestão compartilhada pela UFLA e UFS, que, apesar das dificuldades, avançou na aproximação de novas escolas e na promoção da agroecologia. As articulações regionais do Nordeste e do Norte enfrentaram desafios logísticos e financeiros, mas buscaram fortalecer a participação local e promover encontros regionais. Além disso, foram apresentadas propostas para alterações no estatuto da ENEBio, focadas na estruturação e dinamização dos Grupos Temáticos Permanentes e na melhoria da gestão das articulações nacionais e regionais, visando um maior engajamento e eficácia nas deliberações da entidade.
XXXIII ENEB (2012)
Uberlândia, Minas Gerais (UFU)
“Educação entre algemas e liberdade: qual futuro estamos construindo?”
Foi realizado entre os dias 13 a 20 de julho na UFU com pelo menos 450 encontristas. Esse encontro refletiu sobre a necessidade de formulação sobre a educação brasileira.
XXXII ENEB (2011)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (UFRJ)
“Biólogo: O equilibrista entre a urbanização e suas problemáticas”
Foi realizado entre os dias 23 a 30 de julho, na UFRJ.
XXXI ENEB (2010)
Feira de Santana, Bahia (UEFS)
“Complexidades e contradições no mundo a se Transformar: a formação do sujeito biólogo no olho do furacão”
Foi realizado entre os dias 15 a 21 de agosto na UEFS, contando com aproximadamente 700 pessoas. O ato realizado durante esse ENEB foi em defesa da educação, contra o sucateamento da educação pública.
XXX ENEB (2009)
Londrina, Paraná (UEL)
“Transgênicos: engula esse processo"
Foi realizado entre os dias 26 de julho a 01 de agosto, na UEL.
XXIX ENEB (2008)
São Luís, Maranhão (UEMA)
“Valor(ação) da Educ(ação) para Trans{form(ação)} de meio ambiente por inteiro”
Foi realizado entre os dias 14 e 20 de setembro na UEMA. Nesse ENEB foram discutidos o Plano Nacional de Florestas, a transposição do Rio São Francisco, lei de biossegurança, o loteamento da amazônia e as ações do Programa de Aceleração do Crescimento e seus impactos sobre a Amazônia com a invasão de terras indígenas para construção de rodovias. No ENEB UEMA rolou a ‘Jornada’, um espaço teatral de simulação de ambientes, onde os participantes experimentaram de forma dinâmica e emotiva, simulações e cenas dos problemas sócio político ambiental.
XXVIII ENEB (2007)
Viçosa, Minas Gerais (UFV)
“Organizando me encontro: como movimentar esse trem?”
Foi realizado entre os dias 12 a 18 de agosto na UFV. Nesse ENEB houve a reestruturação do Estatuto da ENEBio, construção da Carta de Princípios e Bandeiras de Luta e estruturação da AN e das ARs.
XXVII ENEB (2006)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (UFRGS)
“Que consciência apresenta essa ciência? A diversidade sob adversidades”
Foi realizado entre 22 a 30 de julho na UFRGS. O encontro reuniu aproximadamente 700 estudantes. Nesse ENEB a polarização entre o sul e o resto do Brasil passou a aumentar.
XXVI ENEB (2005)
São Cristóvão, Sergipe (UFS)
"Escolas (de) formação: A(tua)ção?”
Foi realizado entre os dias 18 e 24 de setembro, na UFS. A Convocatória aborda o problema da questão ambiental como sendo uma mercadoria palatável ao consumo desenfreado, escondendo assim a realidade da degradação ambiental.
XXV ENEB (2004)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (UFRJ)
"..."
Foi realizado entre os dias 24 de julho a 01 de agosto na UFRJ, contando com a presença de 357 participantes. Foi neste ENEB que o Fundo Nacional foi criado. Além disso, teve projeto de ocupação verde, onde foram plantadas mudas de 12 espécies nativas na Ponta do Catalão, Ilha do Fundão.
XXIV ENEB (2003)
Salvador, Bahia (UFBA)
“Ecopolis - decompondo a sociedade de espetáculo”
Foi realizado entre os dias 13 e 21 de dezembro na UFBA. Nesse ENEB ocorreu a criação das Articulações Regionais (ARs) e dos Grupos Temáticos Permanentes (GTPs). Na véspera do Encontro deste ENEB, a comissão organizadora sofreu um grande roubo, ocasionando uma enorme dívida e grandes problemas de organização do evento, fato este que influenciará em mais uma modificação no Estatuto, com a criação do Fundo Nacional no seguinte ENEB.
XXIII ENEB (2002)
Brasília, Distrito Federal (UnB)
“Envolvimento Sustentável - Vivenciar para atuar”
Foi realizado entre os dias 14 e 21 de setembro, na UnB, e contou com a presença de 600 pessoas. Abordou o envolvimento socioambiental como agente transformador da realidade, uma transformação que engloba todas as comunidades em métodos participativos de tomada de decisões para a sustentabilidade do planeta. Além disso, houve uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, onde cerca de 350 estudantes participaram, abordando questões ambientais.
XXII ENEB (2001)
Florianópolis, Santa Catarina (UFSC)
“Terra, estão te maltratando por dinheiro”
Realizado na UFSC, conseguiu reunir cerca de 600 pessoas, com 20 vivências, 14 palestras e 25 oficinas. O ENEB UFSC foi importante para a volta dos EREBs da região sul.
XXI ENEB (2000)
Fortaleza, Ceará (UFC)
“Responsabilidade Social: assuma porque é sua!”
Foi realizado de 11 a 20 de julho na UFC. Esse ENEB se propôs a (re)estruturar a organização estudantil da Biologia. Inclusive, o primeiro relato sobre a dinâmica do Anjo e Protegido foi registrado no Projeto do XXI ENEB, brincadeira realizada em todos os ENEB até os dias de hoje.
XX ENEB (1999)
Campinas, São Paulo (UNICAMP)
"O que fazer com o conhecimento?"
Foi realizado entre os dias 13 e 21 de dezembro, na UNICAMP. Esse ENEB, assim como a anterior, buscou a integração real dos estudantes, a partir do respeito e pluralidade de ideias e opiniões. Durante o ENEB de 99 foi elaborado um documento, a Carta de Campinas, e aprovado pela plenária final como o posicionamento dos estudantes de Biologia em relação à alteração proposta pelos ruralistas no Código Florestal Brasileiro. Esse documento foi enviado ao CONAMA.
XIX ENEB (1998)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (UFRGS)
"Biologia social: ocupação verde"
Aconteceu entre os dias 10 e 18 de outubro, contando com a presença de 400 pessoas. A estrutura da Executiva e a coordenação passam a ser da escola que realizou o ENEB e da que está organizando. Boatos que ninguém da Executiva compareceu na Assembleia Nacional (equivalente ao atual CONEBio) nem na plenária final do ENEB. Ou seja, não teve prestação de contas da executiva.
XVIII ENEB (1997)
Salvador, Bahia (UFBA)
Nesse ENEB, a estrutura do movimento é colocada em discussão, culminando na “teórica’ extinção da Executiva Nacional, onde suas únicas funções eram de repasse de informações e arquivos, além de organizar o ENEB. A ENEBio passou a ter um caráter mais anarquista, sem nenhum tipo de hierarquia econômica, social ou cultural.
XVII ENEB (1996)
Recife, Pernambuco (UFRPE)
Ocorreu de 14 a 21/09. Esse ENEB teve pouca participação, um conflito entre turismo e discussão política. Teve como temas o mercado de trabalho em biologia, avaliação do ensino superior, autonomia universitária e projeto Neoliberal, movimento dos sem terra (MST) e perspectiva do ensino em Biologia.
XVI ENEB (1995)
Belém, Pará (UFPA Belém)
"A gente quer ter voz e em nosso futuro mandar"
Aconteceu de 27/07 a 03/08. Contou com aproximadamente 240 participantes. Esse ENEB foi considerado um marco histórico por ter sido organizado em torno dos próprios estudantes. Neste ENEB, há registros de que houve distanciamento da ENEBio com os CA’s e DA’s, com falta de embasamentos para discutir temas propostos e opinar nas assembleias. Além disso, foi criado o GT’s (Grupos Temáticos) e o GD’s (Grupos de Discussão) para propor temas do ENEB com elaboração de projetos e discussão de assuntos ao longo do ano nas escolas.
XV ENEB (1994)
Santa Maria, Rio Grande do Sul (UFSM)
"Cidadania, Conhecimento e Poder"
Apresentou uma programação com temas que discutem a formação de uma massa critica através de elementos que constituem bases essenciais na sociedade (reforma agrária, socialismo, atualidade na conjuntura, educação etc).
XIV ENEB (1993)
Belo Horizonte, Minas Gerais (UFMG)
"Belo Horizonte, Minas Gerais (UFMG)"
Ocorreu entre 18 a 2 de julho. Foi realizado pela Executiva Nacional de Estudantes de Biologia e Diretório Acadêmico de Biologia da UFMG. Os temas e palestras do encontro foram: a atuação dos órgãos públicos de Meio Ambiente; Novas questões sobre ética e ciência; biólogos: ciência, tecnologia e sociedade; Movimento Estudantil da Biologia (MEBio); universidade pública e privada; saúde pública e meio ambiente; ecologia política.
XIII ENEB (1992)
Maceió, Alagoas (UFAL)
"Novos horizontes para o movimento de Biologia"
Ocorreu no mês de Setembro. Neste ENEB, houve discussões acerca da educação, o papel da universidade e as crises das universidades. Foi organizado pela UFAL e teve discussões acerca do currículo de Ciências Biológicas, que carece de flexibilização, aspectos formativos (ao invés de mera transmissão de conhecimentos), estágio obrigatório, aproximação da realidade social e política, discussão sobre ética profissional e questionar a qualidade de todas as atividades.
XII ENEB (1991)
Belém, Pará (UFPA Belém)
Primeiro ENEB na região norte, ocorrendo do dia 28/07 a 02/08 na UFPA. Contou com a presença de cerca de 300 estudantes. Houve a criação do Centro de Estudos de Biologia, com foco na criação de textos que subsidiaram as discussões sobre os temas de Currículo Mínimo da Biologia, Movimento Estudantil da Biologia (MEBio), ECO-92 que trata sobre questões ambientais, e a realidade da educação brasileira. Nesse ENEB foi criado um Centro Histórico do Movimento Estudantil da Biologia com sede na UFMG. Outro fato importante deste ENEB foi o Manifesto de Belém, sendo um documento que descreve algumas perspectivas quanto ao movimento estudantil da área, realiza uma autoavaliação dos trabalhos das executivas regionais e nacionais, discutindo também uma política de finanças para as mesmas.
XI ENEB (1990)
Itaguaí, Rio de Janeiro (UFRRJ)
"Ecologia Social"
Ocorreu entre 28/07 a 04/08. A conjuntura da época remetia ao governo do presidente Fernando Collor de Melo. O Movimento Estudantil da Biologia (MEBio) erguia algumas bandeiras de luta, entre elas: luta contra sucateamento e privatização das universidades públicas; ecologia social; luta pela gratuidade do ensino no Brasil. Neste ENEB, teve como deliberações finais: defesa da educação ambiental nos currículos de 1º e 2º grau; grande manifestação nacional no dia nacional do meio ambiente; apoio à reforma agrária e movimentos ligados a terra; discussão nas universidades e comunidades sobre o currículo e função social do biólogo; estudantes com voz e voto nos CRBs e CFBs; reformulação do ENEB, tornando fórum de discussão e troca de informações dos Centros Acadêmicos (CAs) de todo o país.
X ENEB (1989)
Campina Grande, Paraíba (UFCG)
"A Universidade"
Ocorreu entre 22 a 29 de julho. O tema vem da crise pela qual as universidades passaram como corte sistemático de verbas, projetos privatizantes via fundações, greves, universidades servindo a uma única parcela da sociedade “elite”. O X ENEB teve como um dos interesses refletir sobre as falhas dos ENEB’s anteriores, enfatizando a importância dos encontros regionais para gerar melhores discussões no ENEB. Além disso, era época de eleições presidenciais, a qual para eles foi um grande desafio, pois ninguém tinha experiência no assunto, pois foram 25 anos de privação desse direito, e outro medo era a discussão acabar virando propaganda política para candidatos “A” ou “B”.
IX ENEB (1988)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (UFRJ)
"O currículo do biólogo voltado para o social"
Contou com a presença de 500 encontristas de 24 Instituições de Ensino Superior (IES). Tiveram discussões como currículo, perfil e código de ética do biólogo, ecologia e ecologismo e política nacional de pesquisa. Esse ENEB contou com a presença do Conselho Federal de Biologia, que mantinha debate direto e os encaminhamentos das plenárias eram encaminhados como deliberação nacional pelo governo. Em resumo, o Movimento Estudantil da Biologia (MEBio), no final da década de 80, apresentou nível de organização voltado para a regulamentação curricular para formar biólogos que atuam diretamente na sociedade e combate ao tecnicismo.
VIII ENEB (1987)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (UFRGS)
Ocorreu no período de 15 a 21 de agosto. Deste ENEB saiu um ofício do presidente do Conselho Federal de Biologia, ao então presidente do Conselho Federal de Educação, solicitando a criação de um Curso Superior de Biologia. A maioria dos biólogos ativos no país eram egressos de Licenciatura para História Natural ou de Ciências com habilitação em Biologia.
VII ENEB (1986)
Fortaleza, Ceará (UFC)
Foi o primeiro ENEB com ato público, provavelmente somando a luta dos demais estudantes da UFC. Sabe-se que neste ano, o movimento estudantil da biologia ferveu.
VI ENEB (1985)
Vitória, Espírito Santo (UFES)
Não se tem tantas informações sobre esse Encontro, mas ele foi marcado por uma homenagem ao estudante Henry Hiroki Nakayama, da UNESP- Botucatu, o “Feto”, que faleceu um dia após o término do evento. “Vamos erguer a bandeira do nosso curso e batalhar para as diretrizes dos nossos direitos. Não quero ver biólogos bitolados nos estudos. Quero ver biólogo eclético, o meu maior sonho! Realizem para mim como último pedido que faço: LUTEM, POIS EU CANSEI DE VER A BIO PARADA NAS MINHAS LUTAS!” (Feto, 1985).
V ENEB (1984)
São Paulo, São Paulo (USP)
Foi realizado no período de 16 a 21/07 com a participação de 25 escolas. As propostas aprovadas foram: posicionamento a favor da derrubada da ditadura militar; não pagamento da dívida externa; por uma reforma agrária ampla, radical e imediata; mais vagas nas escolas públicas, pelo funcionamento de cursos noturnos em todas as Universidades, contra a expansão da rede privada e pela estatização do ensino; contra aumentos abusivos do MEC; pelo reconhecimento das entidades estudantis na comunidade universitária; ampliação do crédito educativo e sua transformação em bolsas não reembolsáveis e anistia aos devedores.
Outra proposta aprovada foi a do Currículo Mínimo Unificado da Biologia, abrangendo as seguintes disciplinas: Geologia Geral, Paleontologia, Matemática, Bioestatística, Física, Biofísica, Química, Química Orgânica, Bioquímica I e II, Metodologia da Ciência, História da Citologia, Histologia, Embriologia Geral, Genética I e II, Evolução, Ecologia I e II, Educação ambiental, Zoologia I, II, III e IV, Botânica I, II e II.
IV ENEB (1983)
Goiânia, Goiás (UCG)
Foi realizado no período de 17 a 22/07. As temáticas discutidas foram: Conselho Federal de Biologia, currículo mínimo, sócio-biologia, política do meio ambiente, área de atuação dos biólogos e metodologias de ensino.
III ENEB (1982)
Salvador, Bahia (UFBA)
Devido ao atraso do II ENEB, ocorreram dois ENEBs em um único ano, com o III ENEB ocorrendo no período de 28/10 a 02/11 na UFBA, com a presença de 122 encontristas. Assuntos como o direito de voto de todos os participantes do encontro e não apenas os delegados, conjuntura política e educacional e as propostas para um currículo mínimo da Biologia foram trazidos para discussão. Na assembleia, votou-se pela unificação do currículo mínimo, pela formação de biólogos que abordasse todas as áreas da biologia, aumentar o tempo de curso da licenciatura e reavaliar o mercado de trabalho na biologia.
II ENEB (1982)
Florianópolis, Santa Catarina (UFSC)
"Currículo mínimo da Biologia"
O II ENEB que seria no Rio de Janeiro em 1981 não se realizou nesse ano e nem foi nesse estado. A construção do ENEB continuou sendo pelas RENEB’s (Reuniões Nacionais de Estudantes de Biologia), manteve-se a estrutura de delegados. Intensifica a discussão sobre o currículo mínimo. Obs.: Não há muitos documentos, apenas alguns reforçando o ENEB anterior. O II ENEB aconteceu de fato no período de 30/01 a 04/02, foi organizado pela UFSC e contou com a presença de 330 encontristas. Depois de uma calorosa plenária, foi elaborado um Regime Interno do ENEB. Em julho de 1982 aconteceu um Seminário Nacional da Biologia para discutir o Currículo Mínimo em Porto Alegre, sendo fruto do II ENEB UFSC. Neste seminário, houve a assinatura de uma carta que visava o desmembramento do Conselho Federal de Biologia e Biomedicina.
I ENEB (1980)
Belo Horizonte, Minas Gerais (UFMG)
"Onde estão os Biólogos deste país?"
Em meio à década de 1970, durante a ditadura militar no Brasil, estudantes de Biologia do Sul e Sudeste do país começaram a se mobilizar em prol da regulamentação da profissão de biólogo, por meio das Reuniões Nacionais de Estudantes de Biologia. Em 1979, após intensa movimentação que envolveu estudantes, associações e órgãos científicos, a lei que regulamentou a profissão foi sancionada em 3 de Setembro. E assim, ampliou o número de estudantes ativos nas discussões em torno do assunto da profissão, criando um corpo maior para as discussões e instâncias do movimento. A partir de então, os estudantes passaram a promover o Encontro Nacional de Estudantes de Biologia.
O I ENEB ocorreu do dia 31 de agosto a 06 de setembro de 1980 em Belo Horizonte na UFMG.